Obrigações não são mais que
instrumentos financeiros que permitem maioritariamente a governos e empresas
angariar capital junto de investidores. Tendo em conta o valor de mercado total
das obrigações, pode-se dizer que este método é dos mais utilizados nas
organizações para angariação de capital. De uma forma geral, quando um governo
ou empresa necessita de se financiar, pode realizar uma emissão de obrigações com
um montante total e uma taxa pré determinada. Os investidores poderão comprar
essas obrigações, estando assim a financiar a organização, recebendo como
recompensa a taxa anunciada sobre o capital investido até à maturidade definida
nas obrigações.
De uma forma geral, quando um governo ou empresa necessita de se financiar, pode realizar uma emissão de obrigações com um montante total e uma taxa pré determinada.
De uma forma geral, quando um governo ou empresa necessita de se financiar, pode realizar uma emissão de obrigações com um montante total e uma taxa pré determinada.
Uma obrigação, tal como o nome indica, é uma obrigação de uma entidade para com o investidor. Quando o investidor compra as obrigações, a entidade fica com a obrigação contratual de pagar ao investidor o montante total emprestado mais um prémio de risco do investimento. Assim após o período definido pelas obrigações, chamado de maturidade, o investidor contratualmente deverá ter recebido o valor investido inicialmente mais o valor de prémio, definido pela taxa de cupão das obrigações. A taxa de cupão define assim a taxa de juro que a entidade emitente está disposta a pagar aos investidores pelo empréstimo de capital. Existem vários tipos de obrigações, com variações ao nível do risco, pagamentos, taxas e temporal mas as mais correntes são obrigações que realizam pagamento de juros semestrais aos investidores até à maturidade, estando previsto o pagamento do valor investido na maturidade, chamado de valor nominal. De uma forma geral, quando um governo ou empresa necessita de se financiar, pode realizar uma emissão de obrigações com um montante total e uma taxa pré determinada.
Nos últimos meses em Portugal tivemos algumas emissões de obrigações que foram amplamente divulgadas pela comunicação social, as obrigações da TAP e da SIC. Tomando como exemplo as informações constantes no prospeto de oferta da SIC vamos realizar um exemplo prático para melhor compreender os fluxos financeiros associados.
- As obrigações são emitidas com uma taxa anual bruta de 4,50% e uma maturidade de 11 de Julho de 2022.
- Supondo um investimento total de 10.000€, no dia de pagamento das obrigações, 10 de Julho, o investidor paga o valor total de 10.000€ à SIC.
- De 6 em 6 meses até à maturidade, 11 de Julho de 2022, a SIC paga ao investidor o valor bruto de juros associados ao juro do cupão, 4,50%. Para o investimento de 10.000€ realizados, o investidor irá receber 225€ semestralmente.
- No dia da maturidade das obrigações, 11 de Julho de 2022, o investidor para além de receber o valor bruto de juros correspondente aos 6 meses anteriores, 225€, recebe também o valor investido na emissão, os 10.000€.
- Todos os valores mostrados acima são valores brutos que ainda serão alvo de comissões e impostos. Em Portugal o investidor irá pagar a retenção na fonte sobre os juros recebidos mais as comissões e IVA das transações. No final a taxa líquida de impostos é próxima dos 3%, variando dependendo do regime fiscal aplicável e do intermediário financeiro utilizado.
Para além da compra das obrigações a quando da sua emissão, os investidores podem negociar as obrigações em mercado secundário, nos casos onde isso é possível. Quando as obrigações estão disponíveis para compra e venda após a emissão, os valores de negociação das mesmas variam consoante as taxas de juro do mercado, o risco de crédito e a inflação, deixando estas de ser negociadas pelo valor nominal. A taxa de juro recebida também já não corresponde à taxa de juro de cupão mas sim à taxa de juro até à maturidade, designada de YTM (Yeld to Maturity). (A negociação de obrigações em mercado secundário será abordada numa próxima publicação)
…mas se existe um retorno contratual garantido, quando se compra uma obrigação, qual o risco associado à mesma?
Apesar do retorno ser garantido existe sempre um risco associado ao investimento. O principal risco associado ao investimento em obrigações é o incumprimento da entidade emitente das obrigações. Se o emitente não pagar os pagamentos contratuais das obrigações a que está sujeito, este entra em incumprimento levando à insolvência do mesmo. Assim uma análise ao risco de crédito e à capacidade do emitente cumprir com o pagamento prometido é o principal fator para controlar o risco da obrigação. As oscilações das taxas de juro de mercado assim como de outras condições de mercado levam a uma alteração da rendibilidade efetiva do investimento, fazendo com que outros investimentos alternativos se tornem iguais ou melhores que o investimento nas obrigações.
As obrigações não sãos mais que um título de divida das entidades emitentes, que os investidores podem utilizar para diversificar os seus investimentos.
O autor não possui interesses diretos ou indiretos nos exemplos mostrados, sendo estes única e exclusivamente de caracter didático.
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